sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A Conspiração dos Joões-de-Barro



Com a sua tranquilidade interrompida na solidão de seu apartamento (ou pensara ainda estar só), numa noite de domingo em Porto Alegre, aquele jovem sente-se repentinamente incomodado com o barulho de duas pessoas conversando baixinho. Pensou que era a televisão, ou o rádio, ou ainda os vizinhos do lado. Mas após testificado que nenhum destes era, deu-se por conta que o som vinha da sua cozinha... Assustando, inevitavelmente o primeiro pensamento que lhe acometeu foi: São assaltantes!

O ser humano, como qualquer outro animal, quando sente-se em perigo, por instinto, sem raciocinar muito, defende-se como pode e com que tem em mãos (mesmo quando foge). E foi o caso deste nosso rapaz, ao olhar para o seu redor, tomou a primeira coisa que viu para defender-se: seu abajur da sala ─ sim, você leu corretamente, um abajur! Passa então a aproximar-se sorrateiramente da cozinha, empunhado de um abajur ridículo de estrelinhas, de um metro de altura, adquirido no tradicional Brique da Redenção de todos os domingos, por meros 34 reais (era 35 na verdade, mas ele chorou tanto por um desconto que fosse, que o comerciante acabou dando). Ao entrar na cozinha, superficialmente iluminada pela luz que vinha da sala, olha de uma extremidade a outra da peça, e vê que ninguém ali havia.

Entretanto, continuava a ouvir o som de uma longa conversa, e esta por sua vez, vinha da direção da área de serviço, conjunta à cozinha. E mais uma vez, cuidadosamente aproxima-se dos possíveis invasores. Agora, já se vê de veras angustiado, como se todo o universo tivesse naquele instante parado. Aqui a teoria de Einstein sobre a relatividade do tempo novamente se comprova, passara míseros segundos desde o momento em que aquele jovem ouvira os primeiros sussurros, mas para ele todo aquele momento de angustia parecia uma eternidade. E ainda segurando ele aquele abajur de estrelinhas, como se fosse um taco de beisebol, avista a janela da área de serviço aberta e os dois invasores...

Horas antes de tudo isso, este nosso amigo porto-alegrense, de nome Ezequiel, estivera num churrasco de confraternização com seus colegas da UFRGS. Nota: os gaúchos tradicionalmente pronunciam a abreviação da Universidade Federal como urguis. Todavia, segundo especialistas (sei lá de quê), o correto seria dizer ufirguis. Mas deixando a fonética de lado, e retomando ao que interessa, ao final da tarde, o jovem estudante, atravessa agora o Parque da Redenção (ou Redença como gosta de dizer a gurizada), em direção ao seu apartamento na Venâncio Aires, quase junto à Osvaldo Aranha. Quando, ainda no parque, um discurso em alto tom e múrmuros frenéticos de uma grande multidão lhe incomodaram os ouvidos. Aquela euforia, parecia ser alguma pregação religiosa ou ainda de socialistas fanáticos. Ezequiel não deu muita atenção ao que diziam, pois lhe soou pura utopia logo de cara. Nem se deu ao trabalho na verdade para ver onde essa multidão estava concentrada, afinal a Redenção é tão grande! Antes, preferiu seguir intrépido o seu caminho de retorno à sua casa. Contudo, para variar, cruzando ele o Monumento ao Expedicionário, um João-de-Barro lhe joga um presente bem na cabeça...

Já em sua apartamento, e de banho tomado (bendito João-de-Barro!), pensa agora enfim descansar. Isso, se não fosse incomodado por sussurros perto de si.... E assim, voltamos à última cena. Aliás, certamente uma cena não muito comum. O jovem ficou pasmo e ao mesmo tempo sem reação em ver quem eram os dois invasores em sua residência, os quais se ouvia sussurrando, eram dois joões-de-barro!

Pensou estar louco, ou ainda ser aquilo tudo um mero sonho. Pelo contrário, estava plenamente são e lúcido. Pois tudo era real. É claro, não é tão rotineiro encontrar um Dr. Dolittle por ai. Mas para ele, nada anulava a realidade dos fatos presentes naquele instante. Nisso, quieto ainda, e curioso com a tamanha ocorrência (visto que o medo, em instantes, transformou-se numa curiosidade imensurável), atenta agora ouvir a conversa das aves. Mais surpreso ficou ainda, ao se dar conta que aquele diálogo entre os joões-de-barro, era certa continuidade dos discursos que ouvira lá de passagem pela Redenção. Diziam estes entre si, que o homem, aquele feito à imagem e semelhança do Divino, escolhido para cuidar de toda a sua criação, chegara agora ao último grau possível de degradação moral, do egoísmo e do ódio contra seus semelhantes. Que ao invés de fazer o bom uso e cuidado dos recursos naturais, destes tira apenas proveito e deixa em seguida a sua marca de destruição pelo Planeta. E continuando eles, diziam já estarem cansados e revoltados disso tudo. O jovem ainda na espreita, sem ser notado, também ouviu algo sobre que os joões-de-barro do mundo todo (ou melhor, de toda a América do Sul, seu habitat), estariam planejando secretamente um meio de depor a tirania humana da Terra. Isso com ajuda dos pombos e das aves de rapina, que também aderiram ao movimento. O plano era simples e ao mesmo tempo cruel. Todos os joões-de-barro, pombos e aves de rapina do mundo todo cantariam ao mesmo tempo, de modo que criaria tamanha ressonância no Planeta, que todo o homem, mulher e criança tombaria por terra. E aqueles que sobrevivessem a esta enorme tragédia, isto é os mais fortes, passariam a ser escravos sob o governo dos joões-de-barro. Sistema que segundo eles, colocaria em ordem novamente o mundo e limparia a imundícia do ser humano.

Surpreso e principalmente aterrorizado com o conteúdo de tais revelações, sem pensar muito, o jovem Ezequiel, indagou-os dizendo: Isso o que vocês tramam não faz sentido algum! Apenas trocarão um ditadura por outra! As aves, assustadas, vendo que haviam sido descobertas, no mesmo instante bateram as asas e fugiram. O jovem, por sua vez, refletiu a noite inteira sobre o que ocorrera e ouvira. Na manhã seguinte, logo ao raiar do Sol, o jovem decidiu encarar a situação de frente, desceu até a Redenção, lá conversar com as aves.

Mal chegara ele ao Parque, em meio as árvores, os joões-de-barro aproximavam-se do jovem. Quando parou e viu, havia ao seu redor uma multidão deles. Não sabendo bem o que dizer naquele momento, mesmo sabendo que era necessário ser dito algo, uma das aves achega-se aos seus pés dizendo (em um tom intimador): Nós aqui bem sabemos que ouvistes a conversa de alguns de nossos companheiros, sobre os nossos planos. Como também sabemos que não é muito comum este dom entre os homens, a não ser que do Alto venha. Ontem ouvistes tu a nós, e descobristes as nossas intenções. Hoje nós te ouviremos, e conheceremos o propósito do dom que carregas contigo. Ezequiel começou então a falar aos milhares de joões-de-barro que ali estavam. Apenas reiterando o que anteriormente dissera exclamando aos dois invasores de seu apartamento. Dizendo ainda: Não adianta tentar mudar o mundo à força, impondo uma nova “verdade”, um novo “caminho”. Por melhor que seja a intenção, cometerá os mesmos erros dos dominadores e líderes do passado. Pois só há uma verdade e um caminho que nos levará a algum lugar que não seja ao ódio, ao egoísmo e à destruição: o amor. E não se trata de alguma utopia romântica de um mundo perfeito. Posto que, essa palavra está tão saturada pelo seu uso indevido que já perdeu até o seu significado real. Certamente, o amor mútuo não muda um sistema ou uma instituição, apenas muda pessoas. Pois o importante não são os sistemas ou as instituições, que somente representam as divisões da humanidade. Antes, o que importa são as pessoas não um grupo, mas cada indivíduo. Sentimento esse, concreto e não-ingênuo, de atos e não de palavras, de liberdade e não de escravidão, tal somente, torna possível que o homem torne a cuidar de seu semelhante, bem como de toda a criação.

Dito tais coisas, após alguns segundos de silêncio, os joões-de-barro alegremente cantaram, como milhares de risos simultâneos. Alegres estavam, pois renovaram as suas esperanças. Vendo que a tal ortodoxia já não era mais necessária para o mundo. E assim, saíram aos quatro ventos, a retransmitir essa mesma mensagem aos demais joões-de-barro do mundo, como também aos seus companheiros de luta, os pombos e as aves de rapina. Os pombos sem muita demora aceitaram na palavra. Quanto às aves de rapina, relutaram um pouco, pois eram tão radicais quanto foram os joões-de-barro. Mas, por fim, acabaram se rendendo aos argumentos dos oleiros do Criador.

O jovem que narrou-me essa história, pediu para que fosse ele identificado apenas como Ezequiel. Contudo, suas palavras são verdadeiras. Assim como é verdadeira a mensagem desta parábola. E memorize bem essa palavra, de modo quando ouvires os risos estridentes dos joões-de-barro, como também das demais aves, lembre que elas estão falando com você e com todos os ouvidos atentos, à saber: Perpetuai o amor mútuo entre vós. E cuidai do que o Criador vos deu!

E naquele mesmo dia, sem muita pressa, o Sol se pôs sobre o Guaíba...


Conto escrito por Giovani Mariani.

domingo, 4 de setembro de 2011

JOÂO 3.16





Eu estava te colocando pra dormir, e como de costume cantando um hino da harpa cristã e orando por ti, enquanto você mexia suas mãozinhas e fechava os olhinhos devagar, foi quando eu comecei a louvar baixinho o hino n° 15: "Conversão", um dos meus preferidos...A letra começou a invadir minha alma..."Oh, quão cego andei e perdido vaguei, longe, longe do meu Salvador, mas do céu ele desceu e seu sangue verteu pra salvar um tão pobre pecador..." 
Ora, eu já havia perdido  a conta de quantas vezes havia escutado esta poesia, e desde quando você estava em meu ventre você também ouvia, mas como Deus faz nova todas as coisas, hoje esse louvor foi novo pra mim e pra você. Enquanto a letra continuava..."Foi na cruz, foi cruz, onde um dia eu vi meus pecados castigados em Jesus, foi ali pela fé que meus olhos abri, e agora me alegro em sua luz..." Eu pensava e orava: - Quando você crescer as pessoas vão tentar te convencer de muitas verdades, muitas mentiras, muitas filosofias, mas nenhuma delas poderá arrancar do seu coração a única verdade que liberta..."Mas, um dia senti meus pecados e vi sobre mim a espada da lei, apressado fugi em Jesus me escondi e abrigo seguro nele achei..."
Um dia eu aprendi e hoje eu quero te ensinar...Somente por essa verdade há razão de viver e morrer...Somente por esta razão você e eu temos motivo pra existir. Esse é o meu legado pra você.

"Por que Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça mais tenha a vida eterna." João 3.16




domingo, 21 de agosto de 2011

Certa vez, em um congresso evangélico…


Certa vez, em um congresso evangélico, o qual o tema era ações e obras missionárias (ou era para ser), no auditório principal, dois pregadores de opiniões opostas debatiam sobre a predestinação e o livre-arbítrio diante de um enorme público. E na mesa, ambos digladiavam-se na oposição de suas ideologias, e o povo em uma extrema empolgação, ficava na expectativa de qual dos dois iria “vencer” o debate. Indignado, um jovem no meio daquela platéia levantou-se e bradou em alta voz dizendo: O que importa saber quem está com a razão? Não deveríamos estar preocupados em propagar o amor de Deus às pessoas e ganha-las para Cristo? Então um vasto silêncio tomou conta daquele local. E por alguns segundos alguns dos que estavam ali presentes sentiram-se envergonhados. Mas sem passar muito tempo, aquele pregador que defendia a predestinação censurou-o dizendo: De igual de um lado tu deves de estar…

E o jovem lhe respondeu: Estou do lado de Jesus! Dito isso o Jovem se levantou e foi embora do auditório. Em seguida, deu até para ouvir cochichos de alguns do povo, julgando e criticando a atitude do jovem. E o debate tomou continuidade…

Mas não entres em questões loucas, genealogias e contendas, e nos debates acerca da lei; porque são coisas inúteis e vãs.” Tito 3.9

Reflita nisso,
Giovani Mariani

Publicado no Semente da Renovação, divulgado no Cheia da Tua Graça.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Daniel na cova dos leões

Então o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e lançaram-no na cova dos leões. Dn 6.16


Eu estava olhando pra minha vida e de repente um pensamento assaltou minha mente: "Meu Deus! Estou sem saída!" É  verdade, estou mesmo sem saída, sem solução, sem ter como agir. Passados alguns dias, uma querida irmã por nome de Ana Ribeiro, me trouxe uma palavra pelo Espirito Santo: Daniel na cova dos leões.
Já ouvi milhares de vezes esta história, e quando eu era pequena, me lembro que era uma das minhas preferidas. No momento em que ouvi, eu entendi que Deus estava querendo que eu fosse como Daniel, que confiasse, que o livramento viria. O que eu não havia entendido é que Deus queria falar muito mais! Quando abri meus ouvidos espirituais pude então perceber, o que Deus realmente falava, fui transportada como de supetão para o momento em que Daniel era lançado a cova, foi então que entendi. Aquilo sim, era estar sem saída! 
Imaginei-me naquelas circunstâncias, não havia como e nem para onde fugir, não havia verdadeiramente uma solução para Daniel. O que ele poderia fazer, a não ser esperar o momento em que os leões o devorariam?
Muitas vezes nos encontramos assim, olhamos para a situação que nos está proposta, e não vemos como seria possível surgir solução, não há improviso, não há gambiarra, não existe absolutamente nada que possa ser feito para que as coisas tomem o rumo certo. Mas, se estás na cova, aguarde pelo livramento que virá, não importa como, apenas virá.






"E, falando o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, ele te livrará." Dn 6.16

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Para mães de meninos

O meu texto hoje, nada mais é que um apelo. Um apelo feito com toda humildade possível, direcionado a mães de meninos. 
Só nós sabemos quão difícil é a tarefa de procriar e criar, seja qual for o sexo de seu filho, entretanto, existem certos aspectos na criação dos meninos que podem fazer deles homens mais felizes e por conseguinte também mais feliz quem estiver ao lado.
Milhares de mulheres vivem frustradas e chateadas com homens quem não conseguem ser limpos e compreensivos. Ora a matemática é simples: quem mora na casa, DEVE cooperar com a sua limpeza e cuidado. Seria assim, com dois amigos, amigas ou seja lá com quem for, por que não com os casais? Mas, não é assim que acontece, ainda hoje, existem esposos que confundem mulher com empregada, e agem como se toda a obrigação do lar devesse ficar por conta da esposa, como se isso não bastasse, em alguns casos, além de não auxiliarem, estão sempre desrespeitado o trabalho da esposa, sujando e deixando para que ela faça outra e outra vez. 
É difícil mudar uma pessoa que já tem seu caráter formado (não impossível), mas é muito mais fácil educar alguém com caráter em formação. Por isso, nós mães de meninos e rapazes, devemos incutir em suas mentes valores que eles carregarão por toda a vida, como o respeito e a reciprocidade no casamento, no lar, ou seja lá onde for.
Jesus e os profetas nunca pregaram o machismo, muito pelo contrário, em todo seu ministério Jesus prova que a mulher é um importante instrumento e tem seu lugar na obra de Deus para o projeto de salvação, olhando assim, será que Deus aprova uma atitude machista na qual o homem deixa a mulher exausta com os filhos e a casa, sem tempo nem mesmo para a pregação do evangelho e o cuidado consigo mesma. Creio piamente que não. Então por que criamos nossos filhos para agirem de tal forma?
Deixamos os pequenos á toa, sem nenhuma obrigação ou dever a cumprir. Isto não está certo. Eles devem ter senso de responsabilidade , de ajuda. Crie regras quanto a limpeza desde cedo, peça para que recolham os brinquedos, arrumem as camas e vá aumento as responsabilidade a medida que cresçam.
Estipule horários para as diversões e esteja preparada para responder a altura todas as críticas. Seja firme e segura no falar e desconsidere os comentários como "Eu te odeio", sabemos que os filhos nunca nos entendem mesmo. 
Eles irão te agradecer um dia, e ainda que não façam você terá aquela certeza de que agiu como deveria.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Resumindo em uma palavra…



Certamente, você nunca verá um livro que tenha uma só palavra. Eu ao menos nunca vi… Todavia, já vi livros cujos seus conteúdos centrais, resumirem-se magnificamente em uma só palavra. Mesmo que grande parte dos seus ditos assíduos leitores não reconheçam a palavra central, ela existe!

E desta mesma “palavra central” gera-se todas as outras, diversas outras, muitas outras palavras… É como um verbo e suas conjugações. Conjugados conforme o seu tempo, modo e pessoa.

Mas, em um livro, uma só palavra não produz efeito algum, é perdida e sem sentido. Antes, apenas quando há união de várias dentro de um mesmo contexto, pode sim gerar algo construtivo e de estimo valor.

Assim de tal maneira, a mensagem que afirmamos crer e lutamos por difundir, somente mostrará ter algum sentido para os que de fora estão, se vivermos em unidade para com os nossos. O que independe de onde estivermos, ou quem são nossos irmãos de caminhada, ou ainda de correntes filosóficas e teológicas.

A Igreja é uma só, e ela não tem nome, são pessoas!

E a Verdade é uma só, e é justamente aquilo que não se vê ou toca, mas se crê; E nem se ouve com os ouvidos, mas com a alma.

Unidade é necessária, até o Inferno sabe disso! (Efesios 4, Lucas 11.18)

Em Cristo,
Giovani Mariani

Publicado no Semente da Renovação, divulgado no Cheia da Tua Graça.

domingo, 17 de julho de 2011

Honra teu pai e tua mãe





Eu costumava ser muitíssimo arrogante com meus pais, acreditava piamente que eles não sabiam de nada, que queriam atrapalhar minha vida, que não me apoiavam e que não me entendiam. Como eu era tola! Ninguém me entendia mais que meus pais! Ninguém queria tanto o melhor para mim quanto eles, e eu estava ocupada demais com meu umbigo pra enxergar!
Hoje, bem claramente eu vejo que nunca perguntei para minha mãe como ela estava, quais eram os problemas pelos quais ela passava, nunca me dispunha a agradá-la sem ganhar nada em troca. 
Quantas vezes ela estava exausta, e eu não me  levanta para fazer um chá, ou simplesmente para lavar a louça...
Me envergonho muito da filha que fui, me entristeço muito, quando percebo que fiz tão pouco e exigi tanto.
Existem milhares de jovens com uma ideia errada sobre como ser bom filho, acreditam que não fumar e roubar é suficiente...
Ser um bom filho é apoiar seu pai e mãe, como vc gostaria de ser apoiado. É ser humilde para ouvir conselhos, é ser decente para ficar calado em um momento de sermão, é fazer muito mais do que seria sua obrigação como filho, é exigir menos e fazer mais.
Eu olho para meu filho e penso.."Meu Deus, permita que ele seja um neto muito melhor do que a filha que fui."


"Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa;"  Ef 6.2



Não é evangélica, mas aí vai uma letra de canção, mais do que real:

"Você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo
São crianças como você
O que você vai ser
Quando você crescer?" Legião Urbana.

Para quem não teve o privilégio de ter bons pais, lembre-se:


"Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti." Is 49.15